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ARK architects constroem bio-villa no sul de Espanha com materiais não processados
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Nas colinas ensolaradas do sul de Espanha, uma revolução silenciosa está a ganhar raízes, uma pedra não processada e uma viga de madeira de cada vez. A ARK architects, com a sua recentemente revelada Villa Geneve, está a desafiar o próprio ADN da vida de luxo, propondo um modelo onde a opulência é medida não por mármore importado ou vidro de alta intensidade energética, mas pela sua harmonia com a ecologia local e o bem-estar tangível dos seus habitantes.Isto não é meramente outra casa sustentável; é um manifesto em forma construída, um passo deliberado para trás em relação aos processos de construção industrializados que passaram a definir a arquitetura moderna, muitas vezes a um custo devastador para a saúde do planeta. A filosofia central do projeto — a bioarquitetura — rejeita a noção de que os materiais devem ser refinados, polidos e transportados entre continentes para transmitir valor.Em vez disso, defende o cru, o local e o minimamente alterado: paredes de taipa que respiram com o terreno, madeira recuperada que conta uma história de vida anterior e pedra extraída da paisagem circundante. Estas escolhas são profundamente intencionais, reduzindo o carbono incorporado do edifício — o total de emissões de gases de efeito estufa geradas pela extração, fabrico, transporte e construção de todos os materiais — para uma fração do de uma villa convencional.O design prioriza sistemas passivos, usando a massa térmica dos materiais naturais para regular a temperatura, uma lição aprendida com séculos de construção vernacular em climas mediterrânicos, mas muitas vezes esquecida na corrida para caixas de vidro seladas dependentes de ar condicionado. A ênfase no bem-estar do ocupante vai além de palavras da moda, considerando como a qualidade tátil de uma parede de gesso em bruto, o aroma de cedro não tratado e a qualidade da luz filtrada por uma pérgola coberta de videiras podem impactar a saúde mental e física.Esta abordagem encontra um forte paralelo no movimento de design biofílico, que argumenta que a nossa ligação profunda à natureza é essencial para reduzir o stress e melhorar a função cognitiva. Embora a villa represente um pináculo de design personalizado, a sua verdadeira importância reside na sua escalabilidade como princípio.Poderá esta ética do 'luxo não processado' filtrar-se de projetos residenciais exclusivos para influenciar políticas de habitação mais amplas e o desenvolvimento comercial? Os críticos podem argumentar que tais métodos são demasiado lentos, demasiado artesanais ou demasiado dispendiosos para adoção em massa, mas pioneiros como a ARK architects contra-argumentam que os custos a longo prazo — degradação ambiental, esgotamento de recursos e impactos na saúde dos materiais sintéticos — são muito maiores. O projeto em Espanha serve como um estudo de caso crítico, um laboratório vivo que demonstra que o design de alta qualidade não precisa de ser extrativo.
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